Por Patrice Schuch para Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, año 19, n. 40, p. 453-456, jul./dic. 2013
Ao focar-se nas políticas e saberes associados a produção das infâncias, o livro Infancias: políticas y saberes en Argentina y Brasil, siglos XIX y XX dinamiza uma série de elementos que se integram a debates importantes e produtivos que correlacionam saberes mais específicos da história, psicologia, educação, sociologia e antropologia. Tais saberes não estão por acaso reunidos nesta coletânea. Ao contrário, manifestam uma primeira característica importante desse campo investigativo, que é a sua associação com um conjunto de práticas associadas à emergência da “infância” simultaneamente como representação, objeto e instrumento de governo. Uma das questões para as quais o livro funciona é para incitar refl exões sobre os efeitos de tal conformação nesse campo acadêmico “engajado” e, simultaneamente, como esse tipo de acomodação dos campos de debate incide na formação de conhecimento nos variados ramos disciplinares e na criação de novos estilos de envolvimentos públicos.